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POLÍTICOS SEM SALÁRIOS



POLÍTICOS SEM SALÁRIOS

O jornalista Gilberto Dimenstein lançou pelo Facebook uma ideia "maluca", segundo ele, diante da crise vivida pelo Brasil:
"Quando acabo de ler jornal, sinto vontade de vomitar.
Sobe a inflação, aumenta o desemprego, estamos próximos a ver mais uma agência baixar nosso grau de investimento. E o que testemunhamos com as pessoas do poder: uma briga por poder.
Vou aqui propor uma maluquice: seria ótimo que pudéssemos suspender o salário dos políticos até eles sentarem e aprovarem um plano contra a crise.
Quando acertarem, ganham de volta o que pararam de receber.
Fácil para quem tem salário garantido do contribuinte ficar alimentando uma crise".


A sugestão do jornalista não é de todo inconsequente. Para os políticos é muito cômodo arrastar essa crise sine die, se eles têm pouco ou nada a perder. Sendo cassado ou não o mandato do deputado Eduardo Cunha, sendo afastada ou não a presidente Dilma, a remuneração dos congressistas está garantida.
Então, a priori, eles estão pouco se lixando para o tempo que vai durar essa indefinição. Quanto mais a crise se estende, se amplia e se agrava, mais os parlamentares têm tempo e espaço para barganhas, seja a favor ou contra o presidente da Câmara, seja também a favor ou contra o governo.  
O grave nisso tudo é que não se trata de mero exercício democrático. Enquanto os congressistas espicham a crise política, a crise econômica se alastra, com efeitos sociais preocupantes. E é consenso entre os analistas que sem a solução da crise política não se encaminha a solução da econômica. 
Assim, a proposta do jornalista Gilberto Dimenstein de suspender o pagamento dos salários dos congressistas enquanto durar a crise política que eles mesmos provocaram e alimentam é razoável. Não resolveria, mas teria um efeito pedagógico, pois, enfim, os políticos sentiriam por uns dias o que é viver sem salário.

Por:Zózimo Tavares.

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