Após dia D contra pólio e sarampo, 51% das crianças estão vacinadas
A Campanha Nacional
Contra a Poliomielite e Sarampo atingiu
a metade do público-alvo com a vacinação de 51% das crianças de um ano a
menores de cinco em todo o país. No total, mais de 11,4 milhões de doses das
vacinas contra a pólio e sarampo (cerca de 5,7 milhões de cada) foram aplicadas
até esta segunda-feira (20). A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos
95% das 11,2 milhões de crianças independente da situação vacinal delas e criar
uma barreira sanitária de proteção da população brasileira.
Com a mobilização de toda a
população e parceiros do Ministério da Saúde na última semana, finalizando com
o dia D, o país avançou significativamente para atingir o mais próximo da meta
de vacinar, até 31 de agosto, 95% da população alvo. Deve ser observado que os
dados ainda estão sendo enviados para o Ministério da Saúde pelos estados e
municípios. O esforço do país é impedir que doenças já eliminadas e
erradicadas não retornem ao Brasil.
“Esse é um movimento de
todos, um trabalho de todos para proteger as nossas crianças. Pais e
responsáveis devem levar as crianças que ainda não foram vacinadas,
independente da situação vacinal anterior, já que neste ano a campanha é
indiscriminada. O esforço do país é impedir que doenças já
eliminadas não retornem o Brasil", enfatiza o ministro da Saúde, Gilberto
Occhi.
Para a poliomielite, as
crianças que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina serão vacinadas com a
Vacina Inativada Poliomielite (VIP). As crianças que já tiverem tomado uma ou
mais doses receberão a gotinha (Vacina Oral Poliomielite - VOP). Em relação ao
sarampo, todas as crianças devem receber uma dose da vacina tríplice viral,
independente da situação vacinal. A exceção é para as que tenham sido vacinadas
nos últimos trinta dias, que não necessitam de uma nova dose.
Entre os estados com melhor
cobertura vacinal neste momento, estão: Rondônia, com 85,03% para a pólio e
83,45% para o sarampo, seguido por Amapá com 76,15% pólio e 75,96% sarampo.
Entre as coberturas mais baixam, destacam-se: Rio de Janeiro, com 29,49% do
público-alvo vacinado para pólio e 31,33% para sarampo e Pará, que tem 33,60%
pólio e 33,59% sarampo.
O Ministério da Saúde oferta
todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo,
são 19 para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano,
são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídos em todo o
país.
CASOS DE SARAMPO
Atualmente, o país enfrenta
dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Até o dia 14 de agosto,
foram confirmados 910 casos de sarampo no Amazonas e 5.630 permanecem em
investigação. Já em Roraima, foram 296 casos confirmados e 101 continuam em
investigação.
Os surtos estão
relacionados à importação, já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando
no país é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da
doença desde 2017. Casos isolados, relacionados à importação, foram
identificados em São Paulo (1), Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13);
Rondônia (1) e Pará (2). As medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos
suspeitos, estão sendo
realizadas em todos os estados. Até o momento, foram
confirmados seis óbitos por sarampo, quatro em Roraima (três em
estrangeiros e um em brasileiro) e dois no Amazonas (brasileiros).
SARAMPO NO MUNDO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
os casos de sarampo chegaram a um número recorde na Europa. Os dados,
divulgados pela organização nesta segunda-feira (20/08), apontam que mais de 41
mil crianças e adultos na Região Europeia foram infectados com sarampo nos
primeiros seis meses de 2018. O número total de casos para esse período excede
os 12 meses reportados em todos os outros anos desta década.
Desde 2010, o ano de 2017
foi o que teve o maior número de casos: 23.927. Em 2016, registrou-se a menor
quantidade: 5.273. Além disso, pelo menos 37 pessoas morreram devido à doença
neste ano. Sete países da região tiveram mais de uns mil casos neste ano
(França, Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia). A Ucrânia foi a
mais atingida com mais de 23 mil pessoas afetas, o que representa mais da
metade da população do país.
Para mais informações, acesse a página especializada sobre vacinação no portal do Ministério da Saúde.
Por Amanda Mendes,
da Agência Saúde
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