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Pressão da carne deixa até peru de natal 15% mais salgado


O incremento das exportações de carne bovina e problemas climáticos em áreas de produção estão pressionando os preços da carne em todo o Brasil. Em Teresina, o comércio popular de refeições sofre ao ver o consumidor buscar outras alternativas. Mas os efeitos dessa pressão sobre os preços também vai chegar à ceia de natal, muito além da variação sazonal de sempre. Produtos como peru e frango estão ficando mais "salgados".

O preço da carne bovina disparou nos últimos dois meses. E a busca de outras alternativas fez crescer também o preço da carne de ave. O frango ficou 20% mais caro até meados de novembro, e segue pressionado – com preço em alta. O peru, não tão procurado ao longo do ano, passa a ter maior demanda em dezembro. E os preços também sobem. Nas últimas semanas, produtores como Aurora e BRF (que detém marcas como Sadia e Perdigão) aumentaram o preço do peru em mais de 15%.
Esse reajuste será naturalmente repassado para o consumidor final que for ao açougue ou às gôndolas dos supermercados nesses próximos dias. Levantamento da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, um dos centro de referência na área, aponta que o quilo do frango está saindo dos frigoríficos custando R$ 5,40. Some-se aí transporte, armazenamento, margem de lucro do comerciante e outros custos. O preço final sobe bem mais.
O cálculo vale também para o peru. O que deixa a ceia de natal bem mais salgada.
 

Demanda chinesa seguirá forte e preço elevado

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deu o aviso: a carne bovina não vai voltar ao preço de antes. E uma das principais razões é a demanda externa, em especial a da China. Os especialistas avaliam que a demanda chinesa continuará nas alturas, depois de ter aumentado as importações do Brasil em mais de 23%, entre janeiro e novembro. E agora os asiáticos querem frango, muito mais frango: em novembro, compraram 61% a mais que em outubro.
As condições que fizeram a China procurar mais pela carne brasileira seguem presentes: a demanda interna é crescente e a África, um dos fornecedores mais importantes, está em boa parte tomada pela peste suína. Com isso, o Brasil tende a se manter como fornecedor preferencial dos chineses. Traduzindo: aqui, internamente os preços seguirão pressionados, indicando que o valor da carne bovina não voltará tão cedo ao patamar de antes.
Se é que algum dia voltará.
fonte: cidadeverde

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