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Morre médium Isabel Salomão, referência no espiritismo brasileiro, aos 100 anos

 

Morreu na madrugada desta segunda-feira (11) a médium Isabel Salomão, uma das personalidades mais influentes da doutrina espírita no Brasil, aos 100 anos, em Juiz de Fora, Minas Gerais.


Salomão estava Internada desde o último dia 3 no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Após agravamento do estado de saúde, ela foi transferida para o CTI do hospital no sábado (9).

Em razão da idade, há cerca de oito anos Isabel estava afastada dos trabalhos espirituais.

Quem foi Isabel Salomão?

Nascida em Rochedo de Minas, em 22 de setembro de 1924, Isabel era a segunda filha de uma família de imigrantes libaneses, Chaíde e Nagib Salomão. Sua mediunidade começou na infância, aos 9 anos, quando relatava “ver coisas”. Ao longo dos anos, se consolidou como uma liderança do espiritismo, ao lado de nomes como Chico Xavier e Divaldo Franco.

A médium fundou a Casa do Caminho, onde desenvolveu diversos projetos espirituais e sociais, como o Lar do Caminho, que acolheu mais de 500 crianças em situação de vulnerabilidade. Em 1979, criou o Plantão de Socorro Espiritual, serviço de atendimento 24 horas que ainda hoje recebe cerca de 200 mil ligações por ano.

Mesmo afastada das atividades nos últimos anos devido à idade, Isabel continuou ativa durante a pandemia, liderando um projeto para entrega de mantimentos a famílias carentes. Ela também realizou transmissões ao vivo para manter contato com a comunidade espírita enquanto as reuniões presenciais eram suspensas.

Em nota, a Casa do Caminho lamentou a perda de Isabel, destacando sua dedicação ao trabalho no bem e à propagação dos ensinamentos cristãos. Isabel deixa filhos, netos e bisnetos, além de um legado de amor e solidariedade que continuará inspirando a comunidade espírita e admiradores de todo o Brasil.

Livro jornalístico sobre Isabel
Em 2020, a jornalista Daniela Arbex publicou a biografia Os Dois Mundos de Isabel, que explora a vida e a obra da médium sob uma perspectiva jornalística. Arbex revelou que o processo envolveu um ano de visitas noturnas para ouvir relatos sobre a trajetória de Isabel, com quem mantinha uma amizade de quase 30 anos.


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