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Macarrão por R$ 20 e água por R$ 93: preços abusivos no litoral de SP chocam população durante crise

 


As fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo e deixaram mortos, desaparecidos, feridos e pessoas ilhadas serviram de pretexto para alguns comerciantes da região pesarem a mão nos preços. A vendedora Tatiane Silva, que cresceu em São Sebastião, contabilizou ao menos três mercados que estavam vendendo macarrão por R$ 20, água por R$ 93 e até repelente pelo preço de R$ 50.

Segundo a mulher, os mercados ficam no bairro do Sahy, Vila do Sahy e Topolândia, uma das regiões mais afetadas, que resultou em diversas pessoas ilhadas. "Em vez de ajudarem neste momento tão difícil, estão abusando dos preços", diz.

Os serviços de água, luz e telefonia foram comprometidos em razão da queda de postes e do depósito de sedimento nas estações de tratamento de água. Com isso, muitas famílias ficaram sem abastecimento. O pedreiro Roberto Nunes, de 45 anos, que mora em São Sebastião desde que tinha 10, conta que ele e a família passaram horas sem luz nem água e, mesmo quando a energia retomou, o sinal de wi-fi e da operadora de telefonia não funcionava.

Segundo o pedreiro, muitos estabelecimentos não abriram porque também foram afetados pela chuva de alguma forma, e os que conseguiram se aproveitaram da situação.

"Foi um cenário de caos mesmo. Sempre éramos informados de que alguém tinha morrido e, em vez de ajudar, algumas pessoas começaram a querer se aproveitar disso. Além dos moradores, tinha muita gente que veio passar o Carnaval aqui, curtir o feriado, e alguns foram extorquidos, coitados", enfatizou Nunes.

Moradores e turistas fizeram estoque de comida

Sem saída e com risco de novos acidentes, moradores e turistas precisaram fazer estoque de comida. O publicitário Bruno Brambilla estava hospedado com a mulher em um hotel da praia de Camburi, que ficou embaixo d’água após as chuvas intensas e intermitentes que atingiram a região. "Muitos estabelecimentos não abriram porque as pessoas não conseguiram sair de casa", explica. Com poucos comércios, os turistas e moradores que procuram alimentos e produtos de higiene enfrentam filas gigantescas e estão até estocando comida.

Em Juquehy, Daniel Caetano, de 23 anos, teve de sair de casa e ir para a de amigos. "A gente conseguiu correr a tempo." A manhã de segunda-feira (20) se iniciou com o medo da falta de suprimentos. Mas caminhões começaram a circular com água para a população.

Fonte R7

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