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Universidade expulsa estudante que agrediu árbitra durante partida de futsal na instituição

Decisão saiu nesta quarta-feira (11), mais de três meses após o ocorrido. Uma comissão foi instaurada para analisar o caso. Procurada pelo G1, a defesa não quis se manifestar.



A Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) decidiu expulsar o estudante Rodrigo Quixaba, apontado como o autor da agressão contra a árbitra Eliete Fontenele. Ela foi agredida a socos durante uma partida de futebol na quadra da instituição e um vídeo feito por outros alunos registrou o momento. O G1 entrou em contato com a defesa do estudante, que não quis se manifestar.

A portaria com a decisão foi assinada nesta quarta-feira (11) depois de mais de três meses que uma comissão foi criada para analisar o caso. A informação foi repassada pelo diretor da universidade, Alex Marinho, e o processo correu em sigilo. A comissão teve 90 dias para analisar o processo e ouvir testemunhas.
A defesa do estudante informou que não vai se pronunciar no momento. O caso repercutiu em todo o país e gerou revolta dentre o corpo estudantil da instituição. Antes do processo ser concluído, alguns alunos chegaram a fazer manifestações pedindo pela expulsão de Rodrigo Quixaba.

O diretor da UFDPar informou ainda que o estudante tem um prazo de 10 dias para recorrer.Eliete era a segunda árbitra da partida quando os dois times se desentenderam e atletas adversários passaram a se agredir. A árbitra então puniu três jogadores com cartão vermelho. Um deles atacou a árbitra a socos.

De acordo com a árbitra, houve um atrito entre dois jogadores dos dois times que participavam da partida. A partir da discussão, outros jogadores se envolveram, gerando uma briga generalizada em quadra. Para retomar o controle do jogo, Eliete expulsou os dois jogadores que iniciaram a confusão. Após isso, o suspeito pela agressão partiu para cima da vítima.

Um vídeo, feito por outro aluno que assistia à partida, registra o momento em que o suspeito desfere três socos contra o rosto da árbitra, que cai no chão. Eliete Maria teve o lábio cortado.

Após a agressão, a árbitra se dirigiu para a Central de Flagrantes onde denunciou o ocorrido e passou por exame de corpo de delito, que apontou lesão corporal leve. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi registrado.

Durante depoimento, dias após o crime, o atleta disse ao delegado Cristian Mascarenhas que não teve a intenção de agredir a árbitra e que não a agrediu só porque era uma mulher.

Uma audiência de conciliação foi realizada, no dia 8 de julho, entre as partes envolvidas. Sem chegar a um acordo, a árbitra Eliete Maria Fontenele decidiu entrar na Justiça contra o atleta por danos morais. Para a advogada da árbitra, Taise Cristine, o fato enquadra-se como violência de gênero.

Fonte: G1 PI
*Lorena Linhares, estagiária sob supervisão de Maria Romero./phbemnota

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